A Petrobras recebeu aval para importar até 180 milhões m³ de gás natural por ano da Argentina para atendimento da demanda do mercado brasileiro, exceto a região Norte.
Com validade de dois anos, a autorização foi concedida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e foi publicada na edição desta quarta-feira, 26 de novembro, do Diário Oficial da União.
Primeira importação da estatal
A rota do Gasbol tem sido usada tanto para receber gás boliviano, como para receber gás argentino, diante da redução dos volumes de gás produzido na Bolívia e aproveitando a infraestrutura existente nos países.
Em outubro, a Petrobras informou que realizou sua primeira importação de gás atural de Vaca Muerta. A operação teve volume de 100 mil
m³ e ocorreu em parceria com a comercializadora Gas Bridge.
O gás é oriundo da Bacia de Neuquén, produzido pela subsidiária da Petrobras na Argentina (Petrobras Operaciones S.A. – Posa) e
pela Pluspetrol. A operação ocorreu por meio da Comercializadora Gas Bridge, que também é da Pluspetrol.
Pelo contrato com a Gas Bridge, a Petrobras pode importar até 2 milhões de m³ de gás natural, na modalidade interruptível. Novas
operações de importação ocorrerão conforme as empresas identifiquem oportunidades comerciais. Na Argentina, com o fim do inverno,
começa a haver mais disponibilidade de gás natural para exportação.
Na ocasião, a diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Angélica Laureano destacou a operação como “marco
relevante” para a Petrobras, possibilitada pela integração das infraestruturas e que permite a conexão da produção própria da Petrobras
na Argentina, por meio de sua subsidiária Posa, com o mercado nacional
“Essa solução logística e comercial abre uma nova possibilidade para importação de gás natural pelo Brasil, refletindo o compromisso da
Petrobras com o aumento da oferta e com o desenvolvimento sustentável do mercado de gás natural”, afirmou a executiva.
A Petrobras mantém operações de produção na Argentina por meio da Posa, subsidiária da companhia que detêm 33,6% de participação
não-operada no campo de Rio Neuquén, localizado nas províncias de Rio Neuquén e Rio Negro. Neste ativo, a operação é da estatal
argentina YPF. A produção de Rio Neuquén é majoritariamente oriunda de reservatórios não convencionais (tight gas) das
formações Punta Rosada e Lajas.
